Advogada, Escritora, Ativista Cultural, Natural de Santo André, Estado de São Paulo. Acadêmica, Cadeira n. 43 - Academia Nacional de Letras Portal do Poeta Brasileiro - ANLPPB www.anastoppa.prosaeverso.net

25
Abr 14

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 14:36
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21
Mai 13



Adorável Visita

   
 
Passava das oito da noite quando Adélia ouviu tocar a campainha.
 
Esparramada no sofá após um dia exausto,  atendeu sem a mínima vontade  diante da insistência.
 
Vivenciava  momentos difíceis – fim de um relacionamento antigo, distância dos amigos, solidão.
 
Entorpecida pelo silêncio noturno emoldurado pelas longas madrugadas
pouco fazia  para si.
 
Meio que no automático cumpria as atividades profissionais, para o restante especialmente o lazer cerrara as portas por tempo

indeterminado.
 
No portão uma menina – devia ter uns 8 anos no máximo.

Antes que Adélia perguntasse o que buscava, a pequena expressando um largo sorriso adornado pelo brilho dos olhos disse

que precisava de um abrigo.
 
Estranhou  o pedido.

De onde veio esta menina -  pensou.
 
O semblante terno da criança foi suficiente para que abrisse o portão.
 
Convidou-a para entrar.
 
- Quero um abraço, você pode cuidar de
mim apenas por hoje?
 
A voz meiga e a  confiança  passaram para Adélia a impressão de que conhecia a criança.
 
Afagou-a com ternura, ofereceu a poltrona branca,pediu que se sentasse enquanto preparasse um lanche.
 
Sentiu uma alegria com a presença, percebeu o quanto amor poderia  compartilhar, o quanto tempo estava perdendo

se fechando para a vida.
 
Conversaram muito!
 
- Que menina encantadora!
 
- E seus familiares, sabem que você está por aqui?
 
- Sabe sim!
 
A senhora não me observa, mais todos os dias estou no lado oposto da calçada. 
 
Percebo que muitas vezes a senhora entra chorando.

Não a vejo sair de casa a não ser para o trabalho, nunca vi visitas.
 
E as luzes  estão sempre apagadas.
 
Pensei, esta moça deve ser triste.
 
Por isso bati no seu portão.
 
Na minha família somos todos assim.
 
Desde pequenos somos orientados  para ajudar o próximo, no que ele mais precisa
– o calor humano.
 
Minha mãe sabe que estou aqui,  posso ficar até amanhã.
 
Adélia não sabia o que dizer!

Como uma menina daquele tamanho dizia coisas com tanta propriedade?
 
Enquanto ouvia sentiu abrir as emperradas janelas da alma.
 
Abraçou demoradamente a criança de quem nem o nome sabia.
 
Não precisava, a felicidade do momento bastava.
 
Preparou  a cama com um lençol bordado pela mãe com margaridinha adornados de renda.
 
Trocou a fronha do travesseiro de macela, perfumou o quarto ofereceu para a menina dormir.
 
Maravilhada com o acontecido,  adormeceu na cama ao lado.
 
Ao despertar  notou que a pequena havia partido!
 
Percebeu que algo mudara  naquela manhã.
 
Sentiu paz, alegria, felicidade, vontade de compartilhar abraços, de apagar o passado, de recomeçar

a vida.
 
Mais que isso, através da prece agradeceu a graça recebida do Pai Celestial simplesmente por

estar viva.
 
Os sonhos adormecidos no arquivo das tristes lembranças deram lugar para as recordações

da infância.
 
Corridas, brincadeiras de rodas,  pular cordas,  amarelinha, jogar bolinhas de gude, peteca, brincar de

casinha e boneca. 
 
Saudades de um tempo distante.
 
Quando deixava a casa rumo ao trabalho reparou na soleira da porta de entrada um perfumado papel

  cor-de-rosa dobrado como origami.
 
Pegou-o com cuidado.
 
Na primeira dobra estava escrito – Adélia, para você!
 
Abriu-o delicadamente quando viu a foto da sorridente menina que tanta alegria lhe trouxera na

noite anterior.
 
Logo abaixo a mensagem escrita em letras douradas.
 
"Querida Adélia,  obrigada por  reabrir as portas do coração para me receber de volta em sua vida!"
 
Ao final a assinatura... 
 
Carinhosamente, Esperança,
(Filha do Amor e da Bondade).
 

 
(Ana Stoppa)

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 04:28

25
Abr 13

Alquimia Divina

 

"Da mistura de raças somos feitos
Ânforas sagradas 
permeadas de horizontes diversos,
Laços,
Abraços, 
Compassos, 
Cores, dores, amores.
Mistura sagrada  dosada pelo Criador
Que em cada fase deste imenso tacho
Chamado mundo onde nos insere,
Colocando  ora uma pitada de esperança, 
Ora uma de amor,
Ora de felicidade.
Assim somos feitos do barro
Que que faz o jarro onde jorra a vida, 
Poeira úmida a flutuar
Nas asas do tempo 
Que nos remete às origens - o pó! 
Assim somos feitos!"  ( Ana Stoppa)

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 05:49

24
Abr 13

Incômodos & Incomodados


Por incrível que pareça a simplicidade incomoda,  o talento, a luz, a competência profissional,

a disposição de lutar pelo semelhante  também incomodam.


As ideias em prol de uma sociedade melhor,  a criação de projetos incomoda. 

Incomoda  os incompetentes de plantão, invejosos de carteirinha.

 Incomoda os acomodados, os que pensam que para vencer na vida basta sonhar sem mover

uma palha, os vazios em termos de espiritualidade, os egoístas incapazes de enxergar

além do próprio umbigo. 

 

Incomoda os ausentes contumazes  na escola da vida, especialmente nas aulas das matérias

 simplicidade, respeito, lealdade, ética e bom senso. 


Incomoda aos que mesmo tendo a faca e o queijo na mão permite que sua fatia apodreça

enquanto cuida da vida alheia.

 Mas, como tudo sempre tem um, mas os incomodados de carteirinha tão  preocupados

com o sucesso alheio ao ponto de procurar motivos para tentar macular a imagem do semelhante

bem sucedido se esquecem de  pequenos ( mas essenciais) detalhes...


Ninguém veio para  a curta passagem terrena  apenas para viver a própria vida. 

Ninguém, mas ninguém mesmo é dono de absolutamente nada. 

Todos são  meros usufrutuários.

Nada além do nome pertence ao ser humano.

De outro modo  aqueles a quem Deus capacita para liderar o fazem não em proveito próprio.

 Os líderes são pessoas bem resolvidas, talhadas para servir, nada esperam em troca, pois

servindo sentem-se recompensados pelo Criador.


 Se têm sucesso, ( geralmente não sabem a dimensão), este vem da dedicação, da disciplina,

do preparo profissional. 

Mas se existe algo que fere de mortea dignidade das pessoas que se dispõem a lutar por uma

sociedade melhor, são os imaginários tanques de lavadeira onde transbordam  assuntos do

tipo ouvi dizer ou as máculas descabidas que os desocupados e invejosos tentam impingir

 sem qualquer fundamento. 


Quem alega tem que provar.

 Quem torna público assunto sem qualquer fundamento paga, não só no aspecto cristão,  ma

s na reparação do ilícito. 

 Acho que basta de reflexão...(Ana Stoppa)

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 04:48

21
Abr 13

 

Um Amor Para Toda Vida 




Sonhos adormecidos...

Há quanto tempo inertes,   arquivados, esquecidos?

-  Dez, vinte.. trinta  anos...


Mas, tal qual  o sol nas manhãs de domingo despertaram vigorosos, iluminados, coloridos.

Nas lembranças da velha senhora,  a menina sonhadora encantada com o amor - romântica,  sensível,   estendia   as mãos para  a esperança.

Vontade de vida...

Mas, o tempo...

O tempo  dobrou tantas esquinas, perdeu-se  nos becos da ilusão, ousou viajar  para  o país da  alegria, caminhou  descalço na areia fina, banhou-se em rios de pranto, encantou-se raríssimas vezes.

Apressado voou com as gaivotas, pulou  ondas, singrou mares, abreviou  fases da lua.

Sorrateiro subtraiu  as horas, os dias, os anos, os planos.

Plangente dicotomia  - sonhos, alma, amor – realidade, espelho cruel.

Desavisados casulos  libertaram prematuramente as borboletas – morte.

Na mente o bailar dos sonhos, os gritos da alma carente de amor,  coração solitário de há muito calado.

Mas a menina!

 A menina sonhadora,  intensa, construtora nata de sonhos  jamais  vivenciou os  planos de ser feliz.

E os anos... ah os anos voaram feito colibris em busca do néctar das flores nas manhãs primaveris.

Lembrou-se do aniversário de 15 anos – bolo,velinha, festa, vestido?

Nada disso!

Acordou no dia seguinte para enfrentar a longa fila, precisava da carteira profissional.

Não imaginava estar perdendo a época maispreciosa da vida envolta nos problemas familiares - desentendimento  dos pais,  educação dos irmão
s mais novos,  responsabilidade de contribuir para com o sustento da família – uma menina...
Estudos?



À revelia concluiu tardiamente o antigo ginásio.

Trabalho de sol a sol, vez ou outra  o cinema.

Vida dura, dinheiro contato, roupas  precárias,um  único par de sapatos – de plástico.

Via-se sem qualquer atrativo, apática, madura emocionalmente  diante das adversidades da vida.

Pressão, opressão, responsabilidades, solidão.

A determinação garantiu-lhe um cargo  de liderança antes dos vinte, na área administrativa.

Quantas lembranças...

Entre a saudade e a angústia  viu desfilar as imagens, as situações do cotidiano, o galgar dos degraus  na esfera profissional, as pessoas queridas que se foram.

Perdeu a conta...

Vestido de noivado emprestado,  a casa sem chuveiro, alimento contato, sensação de estar sozinha no mundo, de filha tornou-se mãe dos 
pais e dos irmãos.

O que imaginara ser o amor da vida conhecera casualmente na estação ferroviária morreu nas vias do interesse material   - falante como ela só desde
a tenra idade, viu-se conversando com o rapaz enquanto esperavam o trem.

O  bom gosto para se vestir herdou da mãe, mesmo possuindo poucas trocas de  roupas.

No primeiro encontro com o então professor de artes, que viria a ser  o marido estava vestida com  terninho reto, verde bandeira e  blusa básica  de gola olímpica cor de vinho.

Amante das artes sentiu-se  feliz quando o pretendente se dispôs a lhe dar aulas de pintura. 

Uma única tela, jamais acabada.

O desenho da silhueta de perfil  inserida em uma estrela estilizada com listras multicoloridas e fundo preto acompanhou-a por mais de três décadas.

Não sabe que fim  levou...

Enfrentou a família, época em que os pais achavam-se no direito de  sentenciar a vida pessoal dos filhos  reprovando a bel prazer  as pessoas sem ao menos conhecê-las.

Dolorosas lembranças mescladas com o despertar dos sonhos.

Casamento, filhos, carreira, estudos.

Lágrimas incontidas, tudo deu em nada  -  pensava em meio à profusão de imagens enquanto esperava ser atendida no posto de saúde.

Reconhecimento profissional, filhos encaminhados.

Sentimentos perdidos na tela inacabada da vida.

Perdera-se de si mesma – talvez.

Conquistas materiais, perdas afetivas.

Há cinco anos o mundo desabara,  fim do relacionamento - fora traída.

Nos primeiros dias desespero, precisava  ter alguém, como viveria sozinha!

Mas a dor maior  experimentou quando a realidade lhe deu bom dia – de há muito caminhava só.

Doloroso existir.

De um lado a profissional respeitada.

De outro o ser humano esquecido, arquivado nas gavetas do interesse deslavado do mundo que a cercava.

Na consulta  daquela tarde, exames de rotina – todos normais.

Mas  o coração, este  banhado nas lágrimas incontidas das lembranças.

O fio de vida que a sustentava despertara a menina sonhadora, as  lembranças, a vida, o tempo que se foi – quanto tempo perdido cuidando de tudo
e de todos – menos de si.

 Gradativamente habituou-se à solidão, ao  telefone mudo às ausências cada vez maiores.

Reaprendeu a viver, a olhar para dentro de si, a buscar a  paz e a  esperar do mesmo tempo que lhe furtara tantos sonhos a possibilidade de um dia  vir a devolvê-los...

Apressou-se por conta do horário – o estacionamento  onde deixara o veículo  fecharia em poucos minutos.

Antes de retornar para casa  passou na floricultura, comprou uma dúzia de rosas brancas.

Na mesma calçada a  cafeteria, mesa escolhida no cantinho.

Soube que o estabelecimento   naquela semana mudara de  proprietários.

Um senhor de  cabelos prateados no caixa, três  balconistas novas.

Pediu  o habitual –  café com leite e pão de queijo.

A festa de casamento farta, a banda, a alegria dos convidados.. tantos anos...

Naquela tarde as lembranças  despertavam aos borbotões.

De tão absorta no passado esqueceu na mesa do café as rosas brancas.

Estava entrando no veículo quando o senhor de cabelos prateados surgiu sorrindo portando o ramalhete.

-  Você queria deixar de presente?

Balbuciou enquanto fez menção de entregar-lhe.

- Ah antes  permita-me dizer,  sou Alberto, e você como se chama?

Estranhou ser chamada de você, (porém gostou),   percebeu o brilho no olhar do interlocutor.

- Maria Luíza, muito prazer!

Conversaram alguns minutos, o que se repetiu
nos dias seguintes.

Passou a achar irrelevante a dicotomia entre os sonhos da  menina  esperançosa que morava em seu interior e a realidade imposta pelos anos – completaria sessenta nos próximos meses.

Soube que Alberto ficara viúvo há dois anos.

Tinham a mesma idade.

O que  a vida lhe subtraiu na adolescência, passou a devolver-lhe em abundância.

Alberto pediu-a em namoro.

Passou a cercá-la de mimos, carinho, atenção, flores, bilhetinhos, canções, surpresas.

Amor outonal, doce, suave equilibrado, pra sempre!

Passados alguns meses,Alberto procurou os filhos de Maria Luíza sem que  ela soubesse, noticiou o namoro,  compartilhou a felicidade que estavam vivendo.

Fez o mesmo com os seus filhos.

Maria Luíza faria aniversário no próximo final de semana.

Na segunda feira, logo pela manhã um imenso buquê de rosas cor champanhe,  acompanhado do cartão dourado, onde Alberto escreveu um
apaixonado poema a ela dedicado.

Maria Luíza  feliz da vida   abraçou as flores, releu o cartão inúmeras vezes. 

Perto da hora do almoço Alberto chegou de ponta de pé, ouviu a amada recitar 
apaixonadamente o poema.

Maria Luíza completaria 60 anos no  sábado.

Sem que percebesse auxiliado pelos familiares  Alberto organizou a festa surpresa.

Pela  primeira vez teria uma  festa de aniversário!

Nos dias que antederam  surpresas diárias  acompanhadas de carinho – o afeto sonhado na juventude provado no outono do existir.

Sábado pela manhã  o ramalhete com doze rosas brancas para comemorar o primeiro encontro – até então haviam se passado seis meses.

Lembranças  do passado arquivadas,  no presente sonhos vivenciados em todas as nuances da breve vida.

Após o café da manhã Alberto convidou-a para a caminhada diária.

Maria Luíza sentiu-se desapontada.

No íntimo, ainda que  tentasse esquecer, a todo momento imaginava  uma  festa de aniversário, mas o silêncio sobre o assunto dava a entender que não teria.

Alberto  combinou com os  familiares – enquanto saísse com a amada  eles  rapidamente, montariam a festa   no  enorme alpendre dos fundos.

Rosas brancas, mesa de doces, bolo decorado,velinhas, balões, e uma enorme faixa autografada por todos – filhos, noras, genros, netos.

Maria Luíza, nós te amamos!

Feliz Aniversário!

Festa pronta, felicidade transbordando, famílias unidas.

Marcos, o filho mais novo de Alberto  combinou com todos para esconderem  no interior da casa  para em silêncio esperar a volta do casal.

Meu bem, vamos estrar pelos fundos, acabei levando a chave errada, disse-lhe Alberto quando se aproximavam do portão de entrada.

Maria Luíza sequer imaginou o que a esperava.

Mal adentraram no corredor os netos foram surgindo – Feliz Aniversário vovó!

Os netos de Alberto  também a cumprimentavam assim!

Em seguida os filhos, os familiares, a festa!

Tocada pela emoção de sua primeira festa de aniversário Maria Luíza  chorou copiosamente abraçada ao amado, dizendo a todo  o momento – não sei  o que te dizer, não sei como  te agradecer meu amor!

Ao se aproximar da mesa adornada com as rosas brancas segurando nas mãos dos netos

Cercada de todo carinho pelos familiares, Alberto pediu a palavra.

Da sala veio o violinista tocando Tema de Lara...

Silêncio...

Apenas a canção emoldurava a  voz embargada., visivelmente emocionado, perante todos  declarou seu amor por Maria Luíza.


A menina sonhadora sentiu sua alma em festa,como nunca!

- Vovó, vovó!

Mariana a neta de oito anos  surgiu ao seu lado de mãos dadas com Adriano, neto de Alberto, portando uma caixinha dourada 
nas mãos dizendo toda feliz:

Vovó, a gente tem uma surpresa para a senhora!

-É mesmo vovó ! Espere, disse Adriano!

 
Vovó Alberto tem uma surpresa para a senhora!

- Vem vovô, vem logo!

Dito isto entregou a pequena caixa para Maria Luíza.

- Alberto transbordando de amor disse  suavemente - antes  de cantarmos para você minha querida, diante de todos quero que  você de olhos
cerrados abra o presente.


Maria Luíza sentiu-se nas nuvens,  indescritivelmente feliz!

 Nervosa,  e ao mesmo tempo  querendo abrir a embalagem.

Quando tocou percebeu o conteúdo –  um parde  alianças!

Diante da emoção de todos, abriu os olhos marejados de lágrimas,  agradeceu a Deus.

Olhou nos olhos do amado, que ternamente tocou as suas mãos, pegou as alianças da caixinha,entregando a maior para ela.

Com as mãos trêmulas segurou apaixonado a mão direita da amada, em

seguida fez o pedido:

- Maria Luíza, quer se casar comigo?
 
                                                                Ana Stoppa


publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 07:32

14
Abr 13

O Amor 



O amor permeia o viver de uma forma tão sutil que às vezes não

se percebe.

Amor é a graça divina de se ter saúde, paz, trabalho,harmonia.

Amor é o Sol que ilumina nas manhãs aquecendo a vida.

Amor é o desabrochar de uma flor semeada pelas pássaros.

Amor são as pessoas anônimas que zelam pela saúde, segurança e

bem estar.

Amor é aquela pessoa amiga que sem a gente perceber sempre está

por perto,

que de tão amiga simplesmente nos esquecemos de retribuir.

Amor é o teu bichinho de estimação fazendo festa de graça ou em silêncio

ao teu lado.

Amor é quem te trouxe as lágrimas, pois assim fez você aprender o valor

da alegria.

Amor é quem te colocou nos caminhos escuros da solidão e da dor, pois assim você

aprendeu a valorizar o sol e a alegria.

Amor é o espinho que inadvertidamente te feriu, pois assim você pode sentir o perfume

da rosa.

Amor é aquela pessoa que sem mais atenciosamente partiu, pois assim você aprendeu a

diferenciar o falso do verdadeiro.

Amor é teu leito arrumado por anônimas mãos cansadas e que você nem se lembra

de agradecer.

Amor é também é a pessoa que prepara teu café, que zela pelo teu lar, que cuida de teus

pertences, e que sempre está ao teu lado somente ouvindo.

Amor é a visita da doença pois quando esta pela misericórdia de Deus se vai você desperta

renovado na fé.

Amor é o pedinte que passa, aquele que tem a rua por morada e o céu como abrigo, pois assim

você aprende a valorizar teu lar.

Amor é o balanço das ondas, o som das pedrinhas no riacho, o rumor das cachoeiras.

Amor é o verde que enfeita a vida, o aroma de terra vida despertado pelas chuvas.

Amor é o canto livre dos pássaros, o vôo das borboletas, o sorriso da criança, o renascer

da esperança.

Amor é o abraço perdido, o beijo com gosto de adeus pois estes abrem espaço para a

conquista dos sonhos teus.

Amor é viver em sintonia com o universo, acreditar no amanhã, agradecer a Deus por tudo

e saber que você ó o único no mundo.

Não existe outro igual a você, assim Deus o fez.

E tem mais,  a vida também é única.

Por isso,   ainda que seja por um único momento, pense nisso!

 Ana Stoppa






publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 04:10
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