Rondam-me amanhãs incertos
Poucos amores que vem e vão
Solidão ousada afronta os dias
Melancolia desenhada no hoje
Rondam-me amanhãs incertos
Loucos sonhos desabrochados
Abraçam a menina esperança
Descortinam o céu de estrelas
Rondam-me amanhãs incertos
Ainda assim caem as armaduras
Rosas angelicais adornam a lua
Denso Cintilar sobre a alma nua
Rondam-me amanhãs incertos
Diante do amor que bate à porta
Sem pressa acomoda-se no peito
Invade a frágil alma de felicidade
Raios de luz anunciam a primavera
Perfumam a tarde brancas camélias
Serena ciranda a ternura por perto
Rondam-me amanhãs incertos...
Ana Stoppa