Alma de Poeta
Pobre alma distraída esqueceu a porta aberta
Emoções inesperadas invadiram-lhe as frestas
Sentiu a vida pulsar de uma forma indescritível
Experimentou sensações, voou como colibris.
Despertou da letargia, experimentou a alegria
Sorriu feliz para a lua, cirandou com as estrelas
Coloriu a tal saudade com os tons da amizade
Deu vida aos desejos, pulou as ondas do mar
Aprendeu a conjugar os tempos do verbo amar
Dançou a valsa de Strauss esqueceu-se da tristeza
Descobriu a vida bela e em versos a quis mostrar
Rabiscou as emoções, teceu histórias e poemas.
Hoje passeia feliz, mãos entrelaçadas com a paz
Ainda que surja a dor , ainda que o pranto role
Quando vem a inspiração, entrega-se por inteiro
Prova em cada verso o sabor do amor primeiro.
Ana Stoppa