Advogada, Escritora, Ativista Cultural, Natural de Santo André, Estado de São Paulo. Acadêmica, Cadeira n. 43 - Academia Nacional de Letras Portal do Poeta Brasileiro - ANLPPB www.anastoppa.prosaeverso.net

25
Abr 14

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 14:33
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publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 14:32

                  

 

 

Poesia sempre poesia

 

 

    Minha alma distraída deixou a porta aberta

   Emoções inesperadas invadiram todas as frestas

   Sentiu a vida pulsar de uma forma diferente

   Percebeu os sentimentos revelados para o mundo

 

   Como em um mágico sonho minha alma despertou

   Deu boa noite á lua, cirandou com as estrelas

   Aquarelou a saudade  com tons  da amizade

   Deu vida aos muitos sonhos pulou as ondas do mar

 

   Aprendeu a conjugar  os tempos do verbo amar

   Dançou a valsa de Strauss esqueceu-se da tristeza

   Descobriu a vida bela e em versos a quis mostrar.

   Rabiscou o  universo em meio a um mundo de versos.

 

   Hoje passeia feliz  de mãos dadas com os sonhos

   Ainda que a dor apareça, ainda que o pranto role

   Acolhida nas escritas vive a escrever os versos

   Aprende na inspiração os segredos do Universo.

 

 

  Ana Stoppa

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 14:28

 

 

Hoje senti saudades

Hoje senti saudades da sombra da velha ameixeira no quintal dos  meus avós, do perfume da dama da noite, do pote de doce de leite, dos canteiros de margaridas, dos lírios alvos, das histórias que o nono Francisco pacientemente me contava enquanto todos os primos brincavam...

Hoje senti saudades das procissões, dos anjinhos de branco, da chama das velas, dos rosários, da cruz, da coroa de Cristo, do domingo de ramos, das
aulas do catecismo, das festas no salão paroquial, das missas, dos cantos religiosos...

Hoje senti saudades da única boneca de porcelana, que tão pouco durou pois deixei-a cair logo que a recebi, não teve conserto...

Hoje senti saudades de ouvir minha mãe cantarolando baixinho enquanto preparava nosso banho e pensar que se fora décadas, pois na época tinha no máximo uns 4 anos de idade...

Hoje senti saudades dos meus barcos de papel, das nuvens de algodão doce, do sorvete de creme holandês, do passeio no circo, da quermesse,de andar descalça, de colecionar figurinhas, de brincar de piques, esconde,esconde, de rodas, de pular amarelinha...

Hoje senti saudades do dia de minha primeira comunhão, do alvo vestido, do sorriso dos meus pais, do bolo feito com esmero pela minha saudosa mãe...

Hoje senti saudades da família reunida, dos contadores de causos, de ver
meu pai tecendo redes, de admirá-lo quando lia para mim os jornais
amanhecidos, de vê-lo chegar do trabalho, de irmos à igreja aos domingos...

Hoje senti saudades dos passeios anuais no sítio dos nossos familiares, no interior de São Paulo, de ouvir a passarada, de correr pelos campos, de subir nos pés de frutas, do cheiro de pão quente, da pesca no açude,do calor do fogão de lenha, do cheiro da relva molhada, do gosto das frutas maduras, das pessoas queridas que se foram, do carinho recebido sem medida, da alegria dos meus irmãos, das festas que fazíamos com cantos e brincadeiras, éramos tantos...

Hoje senti saudades da sala de minha avó  Maria  toda enfeitada com abajur de 
papel de seda, toalhinhas de crochê, flores parafinadas, do abraço demorado, do olhar terno, das palavras doces...

Hoje senti saudades do céu rebordado de estrelas, dos milhares de vaga-lumes, de ouvir o coaxar dos sapos, o canto do sabiá laranjeira, dos grilos e das cigarras, de ver as joaninhas passeando sobre as folhas...

Hoje eu senti saudades do dia em que ganhei meu primeiro livro, A Rainha da Neve, da pequena caixa com lápis de cor, dos doces vendidos na porta da escola, do canto da Verônica, dos confetes multicores, do banho de chuva, da minha casa caiada de branco, do gorjeio dos bem-te-vis, dos jardins repletos de borboletas, da revoada das andorinhas, das cores do arco-íris.

Hoje senti saudades...

 

Saudades de um tempo chamado infância.

Ana Stoppa.

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 14:24

 

 

Despertar da lua cheia


Havia uma lua linda
Que enfeitava o nosso céu
De repente foi embora
Feito barcos  de papel
E as muitas  estrelas
Transbordantes de alegria
 Que ao redor faziam festa
Sem pedir adormeceram
Com preguiça de acordar.



Quanto prantear
Nas caladas madrugadas
Foram muitos fevereiros
Em meio ao aguaceiro
Derramado sem parar
Até que  um certo dia 
A mais linda das estrelas
Fez clarão na noite fria
Despertou a lua cheia!


Ana Stoppa

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 14:21

 

Alma de Poeta

 

 

Pobre alma distraída esqueceu a porta aberta

Emoções  inesperadas invadiram-lhe  as frestas

Sentiu a vida pulsar de uma forma indescritível

Experimentou sensações,  voou como  colibris.

 

 

Despertou  da letargia, experimentou a alegria

Sorriu feliz para a lua, cirandou com as estrelas

Coloriu a tal  saudade  com os  tons  da amizade

Deu  vida aos  desejos,  pulou as ondas do mar

 

 

Aprendeu a conjugar  os tempos do verbo amar

Dançou a valsa de Strauss esqueceu-se da tristeza

Descobriu a vida bela e em versos a quis mostrar

Rabiscou as emoções, teceu histórias e  poemas.

 

 

Hoje passeia feliz, mãos entrelaçadas com a paz

Ainda que  surja a dor , ainda que o pranto role

Quando vem a inspiração, entrega-se  por inteiro

Prova em cada verso  o sabor do amor primeiro.

 

                                                                                    Ana Stoppa

 

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 14:19

 

 

 

 

Serenas Rosas 

 

Talvez agora, quando a noite se avizinha

E plangentes sinos badalam a Ave Maria

Possas sentir teu coração no peito pulsar.

 

 

Talvez  percebas no revoar das andorinhas

A alma  transformada  livre da  melancolia

A bailar doces melodias  ansiosa por amar.

 

 

Talvez   descubras a beleza da  simplicidade.

 

 

Caminho de serenas rosas  rumo à felicidade.

 

 

Ana Stoppa

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 14:15

21
Out 13

Envolva-me amor em teu doce abraço

Meu ser de há muito busca  o  carinho

Exausto rejeita a  vida  em escombros

Ciente de que tudo aos poucos perece.

 

 

Envolva-me amor em teu doce abraço

Caminhemos  nas estradas enluaradas

Margeadas  de  mil  estrelas  cadentes

Sob  mistérios do  infinito azul celeste.

 

Envolva-me amor em teu doce abraço

Vivamos sem pressa os nossos  sonhos

Esqueçamos de vez   opacos  conceitos

Inúteis tratados  diluidores da emoção.

 

Solitária somo  tantas ruas percorridas

Partidas inesperadas,  angústias, tédio

Mas em  ti feliz refaço-me do cansaço

Envolva-me amor em teu doce abraço.


 

Ana Stoppa

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 03:50

Enfrente com o as árvores sempre de pé

As angústias  cotidianas, a baixa da maré

Suporte  as  amarguras das duras provas

Acredite   que a comunhão  a fé renova

 

Mantenha  acesa a  chama da fé inabalável

Acredite que  Deus pode operar milagres

Supere os  dolorosos  espinhos do calvário

Faça  das preces  reflexivos rituais diários

 

Entoe cânticos de amor em meio à dor

Compreenda  sereno o  incompreensível

Saiba que a fraqueza  é algo desprezível

Acredite  na  presença de Deus  invisível

 

Valorize a cada segundo da breve vida

Descarte as  indigestas mágoas sentidas

Pratique a bondade, a caridade, o perdão

Sinta  em Deus  Pai o poder da renovação !

 

 

Ana Stoppa

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 03:47
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Quanto eu era criança

Meu  mundo era colorido

Amava andar descalça

Ver a chuva na vidraça

 

Quando eu era criança

Conversava com o Sol

Dava boa noite à lua

Alegre contava estrelas

 

Quanto eu era criança

Não conhecia o medo

Nem a solidão dos segredos

Adorava meus brinquedos

 

Quando eu era criança

Tinha a  face  rosada

Adornada pelas tranças

Com laços cor de esperança

 

Quando eu era criança

Amava brincar de rodas

Cantar  as muitas cantigas

Ter fadinhas como amigas

 

Quanto eu era criança

Conversava com os anjos

Na serenidade das preces

No silêncio da harmonia

 

Quanto eu era criança

As lágrimas eram poucas

As ruas  repletas se flores

Minhas manhãs coloridas

 

Quanto eu era criança

A voz de minha santa mãe

Era  pura sinfonia de Deus

A embalar os sonhos meus

 

Quanto eu era criança

Meu pai, um grande herói

Contava muitas histórias

Todas em minha memória

 

Foram-se os muitos barcos

Pra o meu mar imaginário

Morada da doce infância

Quando eu era criança...

 

 

Ana Stoppa

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 03:38

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