Advogada, Escritora, Ativista Cultural, Natural de Santo André, Estado de São Paulo. Acadêmica, Cadeira n. 43 - Academia Nacional de Letras Portal do Poeta Brasileiro - ANLPPB www.anastoppa.prosaeverso.net

14
Abr 13




O Sapo Silvino e a Rã Martinica



  
Silvino o sapo,  se achava o tal
Na grande lagoa era o maioral
Vivia alardeando a sua beleza
A casa bonita, o ouro a riqueza
 
 
Não dava bom dia nem pra cotia
Banquete de insetos todos os dias
Na casa de luxo, de amigos vazia
Pensava assim,  sentir a alegria

 
A rã Martinica tentava ensinar
Ao sapo Silvino a compartilhar
O valor da paz e da   amizade
A prática contínua da bondade
 
 
De nada valia os sábios conselhos
Silvino se achava bonito no espelho
Zombava de todos sem sentir pena
Cego não via a  sua alma pequena
 
 
Até que um dia  sob sol escaldante
Assistiu a partida da  rã Martinica
Dizendo que iria para a Costa Rica
Na companhia de Estrela, a cotia.

 
Aos poucos os bichos se foram
A água sumira até nas barragens
Silvino se viu  de repente sozinho
Triste paisagem, escuro caminho.
 
 
Sozinho na margem da triste lagoa
Sentiu que assim a vida não é boa
Chorou  solitário diante do vazio
Saltou  apressado em busca do rio
 
 
No fim da tarde ao ver a água farta
Mudou  de atitude, buscou amizades
Fez-se  gentil, mostrou simplicidade
Aprendeu aos poucos sobre felicidade
 
 
Ninguém  será melhor que o outro
Tampouco é capaz de viver sozinho
Silvino aprendeu, em tempo a lição
Hoje revela um grandioso coração!



( Ana Stoppa)

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 01:48
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