Advogada, Escritora, Ativista Cultural, Natural de Santo André, Estado de São Paulo. Acadêmica, Cadeira n. 43 - Academia Nacional de Letras Portal do Poeta Brasileiro - ANLPPB www.anastoppa.prosaeverso.net

13
Abr 13

No Meio Da Noite



No meio da noite
Chibatas, açoites
Assolam as almas
Despidas da calma



Chibatas, açoites
No meio da noite
Despem a calma
Das frágeis almas



Sedentas de amor
Entregam-se a dor
Empurram o existir
Sem nada por vir

Desnudas do abraço
Revelam o cansaço
Nos olhos perdidos
Em meio a rotina



Mal que aniquila
No meio da noite
Desejos calados
Amores vadios



Sem brio ou postura
Engolem a tortura
No fel do silêncio
Expelem amargura



Escalam desejos
Projetam imagens
Cheiram vadiagem
Existir miragem



Serpenteia o cio
Na teia cinzenta
Pios agourentos
Esfacelamentos

No meio da noite
Trevas alagam
Corpos perdidos
Almas vazias



Lustros da lua
Acendem as ruas
No meio da noite
Das almas nuas



(Ana Stoppa)

publicado por Ana Stoppa, Escritora Brasileira. às 07:18
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