Ecoam dolosos sons do ontem
Emolduram saudosas imagens
Passageiras etéreas do existir
Na saudade a subtrair o sorriso
Amarelada resta a branca toalha
Vestindo de nostalgia a fria mesa
Arrastam-se tantas cadeira vazias
Abandonadas na escura nostalgia
Misturam-se as vozes das crianças
Entremeando lágrimas presentes
Badala nostálgico o sino da capela
Triste escuridão carece de velas
Estática desnuda-se a existência
Acuada no silêncio que a circunda
Um fio de voz balbucia orações
Ante a indiferença das multidões.
Ana Stoppa